sábado, 27 de setembro de 2008

O hoje me aperta entre seus dedos metálicos mas ainda não me tem nas mãos. Contra toda a paisagem o vento vem: acaricia e transfigura aquilo que da palavra não se espera que alcance. Corpo em grito, desejante, de quase morte: ar se deslocando. Emaranhado tenso em desmanche a perguntar como fazer da cisão uma fresta. Um raio. Que se desenhe paralelo a terra e o céu, cortando a paisagem da tormenta.

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